Livros

O Diário de Anne Frank
"O relato pessoal mais emocionante sobre o Holocausto continua surpreendendo e impressionando!  – The New York Times Book Review




"Espero poder confiar inteiramente em você, como jamais confiei em alguém até hoje,
e espero que você venha a ser um grande apoio e um grande conforto para mim."
(Anne Frank, 12 de junho de 1942.)

Assim, Anne Frank inicia o seu famoso diário, que ela escreveu em seu refúgio, que ficava na casa de trás (1942 a 1944).




Encontrado no sótão onde Anne Frank morou os últimos anos de sua vida, seu diário se tornou um clássico  em todo o mundo; uma poderosa lembrança sobre os horrores de uma guerra. 
Em junho de 1942, quando os nazistas ocupavam a Holanda, uma menina judia de 13 anos, acompanhada por sua família, deixou para trás sua moradia em Amsterdã e se escondeu no sótão de uma casa.  
Anne viveu conflitos com os pais, viveu momentos de saudades de suas amigas e de Moortje sua gata, viveu momentos de tédio, momentos em que achou que seriam seus últimos de vida. Anne viveu um grande amor, o seu primeiro amor(Peter), e por ser uma sensação e um sentimento tão novo ela alguma vezes encontrou um sentimento de "pena", via seus defeitos, talvez, se achava confusa sobre o que sentia. Mas tenho por mim que quando estavam sozinhos, sentados juntinhos, se olhando, ela sentia o seu amor por ele, amor esse interrompido junto com sua liberdade para viver.
Por ter 15 anos completos foi com as mulheres não selecionadas para a morte imediata, Anne foi forçada a ficar nua para ser desinfectada; teve sua cabeça raspada e foi tatuada com um número de identificação no braço. De dia, as mulheres eram usadas em trabalhos escravos, e Anne foi obrigada a transportar rochas e rolos de cavar; à noite, eram amontoadas em quartos superlotados. Algumas testemunhas, mais tarde, declaram que Anne tornou-se uma garota acanhada e chorava quando via as crianças sendo levadas para as câmaras de gás; outros relataram que por muitas vezes ela demonstrou força e coragem, e que sua natureza sociável e confiante que lhe permitiram obter excedentes de pão e rações para a sua mãe, irmã e si mesma. Em pouco tempo a pele de Anne ficou infectada pela sarna, uma doença endêmica. As irmãs Frank foram transferidas para uma enfermaria que estava em um estado de escuridão constante, e infestada de ratos e camundongos. Edith Frank parou de comer, salvando cada pedaço de comida para suas filhas e passando a comida para elas, através de um buraco que fez na parte inferior da parede da enfermaria.
Em 28 de Outubro, A SS começou a transferir as mulheres para Bergen-Belsen. Mais de 8.000 mulheres, incluindo Anne e Margot Frank e Auguste van Pels, foram transportadas, mas Edith Frank foi deixada para trás e depois morreu de inanição. Tendas foram erguidas em Bergen-Belsen, para acomodar o fluxo de presos, e como a população aumentou, o número de mortes devido à doença também aumentou rapidamente. Anne encontrava-se brevemente com duas amigas, Hanneli Goslar e Nanette Blitz, que foram confinadas em uma outra seção do acampamento. Goslar e Blitz sobreviveram à guerra e depois descreveram breves conversas que tinham realizado com Anne através de uma cerca. Nanette descreveu que ela estava careca, magra, e tinha calafrios e Hanneli tinha observado que Auguste van Pels foi com Anne Frank cuidar da irmã desta, Margot Frank, que estava gravemente doente. Nenhum deles viu Margot, pois estava fraca demais para sair de seu beliche. Anne disse a Hanneli e Nanette que acreditava que seu pais foram mortos, e por isso não queria mais viver. Hanneli mais tarde descreveu que seus encontros acabaram no final de janeiro ou início de fevereiro de 1945.
Anne morreu de tifo no campo de concentração de Bergen-Belsen na Alemanha em 31 de Março de 1945 (15 anos).
Dos oito moradores do Anexo somente Otto Frank sobreviveu. 




Lançado em 1947, O Diário de Anne Frank tornou-se um dos maiores sucessos editoriais de todos os tempos. Um livro tocante e importante que conta às novas gerações os horrores da perseguição aos judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Anne se transformou em uma menina que virou um grande ícone da luta contra a opressão e injustiça. E consagra O Diário de Anne Frank como um dos livros de maior importância do século XX. Uma obra que deve ser lida por todos. 

Depois de receber um prêmio humanitário da Fundação Anne Frank em 1994Nelson Mandela chamou uma multidão em Johannesburgo, dizendo que ele tinha lido o diário de Anne Frank enquanto estava na prisão e que o livro lhe trouxe muito estímulo. Sua luta contra o nazismo e o apartheid, explicando o paralelo entre as duas filosofias: porque estas crenças são patentemente falsas e porque eram e sempre serão desafiados por gente como Anne Frank, eles estão no limite do fracasso.


Anne encerra seu diário com estas palavras:

1º de Agosto de 1944
"(...)A boa Anne, portanto, não aparece quando tem gente, até hoje nunca se mostrou, nem uma só vez, mas é a que predomina quase sempre quando estamos a sós. Sei exatamente como desejaria ser, como sou, aliás... lá no íntimo. Infelizmente sou assim só para mim mesma. E estou certa de que é por isso mesmo que eu digo que intimamente tenho um gênio bom e que os outros pensam que exteriormente é que tenho gênio bom. No íntimo sou guiada pela Anne pura , mas exteriormente não passo de uma cabritinha travessa, à solta.
Como já disse, nunca expresso meus sentimentos verdadeiros sobre coisa alguma, e foi assim que adquiri a fama de namoradeira, sabe tudo e leitora de histórias de amor. A Anne jovial dá risada, uma resposta atrevida, sacode os ombros com indiferença, comporta-se como se não ligasse, mas as reações da Anne silenciosa são exatamente o oposto. Para ser sincera, devo admitir que isso me magoa, que tento mudar por todos os meios, mas que estou sempre em luta contra um inimigo muito mais poderoso.
Dentro de mim soluça sempre a mesma voz: "Pronto, nisto é que você se tornou! Sem caridade, ares superiores, atrevida. Ninguém gosta de você, e isso por você não atender aos conselhos da sua metade melhor".
Bem queria atender, mas não adianta; se fico sossegada e séria, todos pensam que estou tramando alguma e, então, tenho que sair da situação inventando nova brincadeira; isso sem falar na minha própria família, que certamente pensaria que estou doente e me faria engolir comprimidos para dor de cabeça, para os nervos, me apalparia o pescoço e a cabeça para ver se tenho febre, me perguntaria se ando com prisão de ventre e, não achando nada, acabaria me criticando por meu mau humor. Não aguento esses cuidados: se me fiscalizam fico malcriada, depois infeliz e, finalmente, viro meu coração do avesso para que o lado mau fique de fora e o bom para dentro, e continuo tentando encontrar a maneira de ser como desejo ser, como poderia ser, se... se não houvesse mais ninguém no mundo..."
Anne Frank



É claro que a história de Anne Frank é bem mais extensa e complexa, então recomendo ler este maravilhoso livro, tenho certeza que será uma das melhores experiências de suas vidas! Conheça através de cada página quem foi essa linda e brilhante garota que conquistou e continua conquistando tantos corações por todo o mundo... =D

                                                                     Jesiely(:

Fonte: Livro "O Diário de Anne Frank"

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